sábado, 27 de fevereiro de 2010

Instituto do Sono




Pela indicação médica, pelo que li antes de agendar o exame, pelo atendimento recebido no agendamento do exame (Unidade Marselhesa), pelas instruções recebidas de como seria o exame, do que eu como acompanhante não poderia fazer para não atrapalhar o sono do "paciente", como usar notebook ou ler (concordei plenamente), pela seriedade na recepção, pelas instalações do apartamento, pelos profissionais de atendimentos e técnicos que nos atenderam, enfim, tudo levava a crer que, se é que o Victor tem algum problema no sono, estávamos no lugar certo.


Ledo engano.

Eu, não costumo dormir antes da meia-noite, nunca, ontem, às 22h30 aproximadamente falei pra ele que estava morrendo de sono, porque percebi que ele estava super incomodado com aqueles milhares de eletrodos por todo o corpo, rosto, cabeça, uma cânula em cada narina, uma cinta no tórax e outra no abdomem, mas que poderia dormir, afinal acorda super cedo e não tinha um computador para entretê-lo e nada de interessante na FULL HD de 42" da nossa suite rs

Demorei um pouco mas dormi.
À meia-noite acordei com móveis arrastando, algo batendo, e mais móveis…
Victor acordado. Saí do quarto, fui reclamar, óbvio. Me pediram para falar baixo pois ali tinham pessoas fazendo exame enquanto dormiam U A U!!!!
Que estavam fazendo uma reforma no 15º andar mas que iriam passar um rádio. Acreditei.

Voltei para o quarto.

00h40 o barulho volta com tudo, aliás, quanto mais tarde vai ficando parece mais alto. Saí de novo, mais nervosa, quem me conhece sabe que não sou das pessoas mais calmas do planeta.
Desta vez tinha um profissional mais gabaritado, boa pinta, aparentemente médico, de uns 30 anos, veio muito educadamente falar (de novo), que era para eu ficar calma que ali tinham pessoas fazendo exame blablabla
Ele perguntou aos outros : hoje estão trabalhando no 15º?
E responderam : sim
E um deles falou : vou lá!

Voltei para o quarto.

Já não dormi mais, minha preocupação era de que o Victor dormisse para que o sono dele fosse avaliado afinal ele estava todo enrolado, com o nariz entupido com a cânula, etc etc etc
O barulho amansou, eu coloquei I Pod porque não poderia nem pensar, claro em ligar o telão da TV, nem ler…

De repente uma enfermeira invade o quarto e acende a luz, eu dei um pulo, perguntei, o que houve, ela disse que o Victor chamou…

Caraca… A campainha já havia disparado 2 vezes antes de iniciar o exame, ou seja, tem uma pane na campainha que é do conhecimento deles e nada fazem.

2h00 o barulho volta, a galera volta com tudo ao trabalho, móveis se arrastando, etc etc etc
Lá vou eu de novo, já nem deveria ter ido, mas estava nervosíssima com a situação. Essa foi a última tentativa, claro, não deu em nada.

Eu virei a noite sem dormir, gastei a bateria do celular jogando BUBLES, gastei a bateria do Ipod ouvindo música.

Determinada hora outra mocinha invadiu o quarto, acendeu a luz, disse que o Victor chamou, desligou o alarme e ia saindo sem apagar a luz, eu chamei, ela perguntou o que era, eu falei, ela disse : quer que apague?

Entre essas reclamações só me diziam que ao final do exame teria um relatório onde eu poderia fazer todas as reclamações, que eles não podiam fazer nada, claro que não.

O técnico que ficou responsável pelo Victor, disse que realmente eles trabalham durante a noite, que já era para ter inaugurado um novo setor, que ele não sabe o que será. Eu imagino que esteja atrasado e por isso esse "plantão".

O relatório veio no término do exame. O Victor preencheu a parte dele, ele "não gosta de escrever", economiza palavras, mas deixou claro, sem saber 100% da minha "noitada" que a noite dele foi totalmente diferente do que é normalmente pelo barulho do lugar e por estar todo preso.

Na minha parte do relatório deixei uma redação. Na hora que estávamos no elevador um dos atendentes estava mostrando para o profissional que imaginei ser o médico responsável pelo plantão, o de uma das minhas reclamações, provavelmente não dê em nada.

Mas passei a noite pensando e ainda estou pensando, como pode uma instituição como essa, fazer REFORMA durante a noite no andar de cima de onde estão acontecendo exames de POLISSONOGRAFIA?
Deixando de lado a falta de respeito, pensando apenas no EXAME, tem como combinar SONO COM REFORMA, tem como conceber REFORMA DURANTE A NOITE NUM HOSPITAL/ HOTEL/ PREDIO/ CONDOMINIO?

Será que eu poderia ter ligado para 190?
Isso só pode ser ganância, não podem perder tempo, precisam trabalhar 24hs e que se danem os pacientes, os resultados dos exames.

Não creio que alguém leia até o final, mas eu precisava escrever, me sinto aliviada, parece até que dormi a noite inteira.

Nem tomamos o café da manhã no quarto. Fomos na nossa padaria predileta aqui no Morumbi mesmo, e viemos para casa.

Eu diria que foi uma noite diferente. Nem eu fiquei na internet a até tarde nem ele jogando no computador.

Eu sei que sou péssima para dormir, meu sono é levíssimo, ronco, vizinha, cachorro, pedreiro, lixeiro, música (inadequada), tudo me incomoda muito, em muitos lugares durmo com tampão de ouvido.

Mas caraça, eu estava no INSTITUTO DO SONO, teoricamente deveria ser um lugar tranqüilo para se dormir, a não ser que meu filho roncasse, e ele nem roncou, isso o técnico já nos disse e eu já sabia, porque "ouvi" ele dormindo a noite toda, mesmo com IPod porque coloquei apenas 1 fone.


Unidade 03
Exames (Particular e Convênio)
Rua Marselhesa, 500
São Paulo - SP
Tel.: (11) 5908-7222

4 comentários:

  1. Caramba... esperoq ue pelo menos isso não tenha cistado nada, ou que se custavsse, vc tenha se recusado a pagar, porque se no Instituto do Sono não te deixaram dormir, está tudo perdido!!!!!

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  2. Que absurdo, Tati!
    Estou indignada! Tem mais é que por a boca no mundo mesmo! Não só eles não podem te cobrar nada como também deveriam te ressarcir pela "noitada", isso, sim.

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  3. Olha só, eu li até o final e fiquei indignado, imagino vc e o seu filho. Mas, eu acabei de passar 1,5 mes no hospital, com a minha mulher, e não é muito diferente não. Tive brigas homéricas que algum dia vou me animar a contar.
    Sinto muito minha querida amiga.
    Abs,
    Fernando Abranches

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  4. nossa, que absurdo. jamais imaginei ler uma história como essa, desse lugar que parece ser um centro de referência... tudo só se move pelo dinheiro mesmo :-/

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